Segundo economistas, momento está favorável para quem pretende comprar um imóvel e setor também interessa investidores.
A queda da taxa Selic e mudanças no sistema de financiamento brasileiro têm incentivado a compra e a construção de imóveis no país. Segundo os economistas, a diminuição da taxa Selic, que é o índice que o Governo Federal paga para quem compra títulos da dívida pública, pelo Banco Central aqueceu o mercado imobiliário. Com isso, segundo a economista Naiara Fracaroli, quando a Selic cai, as outras taxas também tendem a diminuir por efeito cascata.
Mudanças no sistema de financiamento aquecem mercado de imóveis e a construção civil Há alguns anos, a taxa estava com juros de 10% ao ano. Agora, a diminuição é uma estratégia do governo para aquecer o setor de construção e habitação, o que deixa o momento favorável para quem pretende comprar um imóvel “É uma excelente oportunidade por conta da redução dos juros, é um custo de financiamento menor”, garante a economista. Por outro lado, Naiara explica que quem já tem contratos firmados com a taxa anterior que era mais alta, tem a chance de renegociar o financiamento ou pedir a portabilidade para outro banco que ofereça algum tipo de benefício.
De acordo com o gestor comercial de uma empresa que comercializa apartamentos uma das explicações para a melhora no mercado imobiliário também está na política de financiamento habitacional. A partir de agora, segundo ele, os clientes com renda mensal entre R$ 3,5 mil e R$ 7 mil estão conseguindo condições interessantes de financiamento. “Dentro da primeira semana que teve essa redução, a gente já conseguiu finalizar 88 contratos”, comemora Rafael Menezes. Pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), por exemplo, é possível pleitear cálculos com juros de 6,5% ao ano. Antes, o índice para esta faixa de rendimento era de 9,5%. Nessa modalidade de crédito, as instituições financeiras captam recursos por meio da poupança. Além disso, a correção não é feita pelo IPCA. Em síntese, o reajuste também tende a ser menor.
O designer gráfico André Mucheroni, por exemplo, optou pela compra de um apartamento em Bauru, em vez de pagar aluguel. O futuro morador conseguiu um financiamento em 260 meses, com parcelas de R$ 560. “Seria praticamente o dinheiro de um aluguel, mas é um imóvel que eu estou adquirindo. Então é um dinheiro que estou guardando na verdade, além do principal que é ter um lugar para recomeçar minha vida”, se empolga André.
Construção civil
Fonte: G1