Leilão de Cepacs movimentou R$ 1,6 bilhão, com ágio de 169%
Há alguns meses o aquecimento do mercado imobiliário paulistano vem tomando forma nos números divulgados pelas incorporadoras e entidades do setor. Mas ontem mostrou uma força que surpreendeu a todos.
O leilão de Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs), da Operação Urbana Consorciada Faria Lima, realizado pela Prefeitura de São Paulo, movimentou R$ 1,64 bilhão.
Os títulos foram negociados a R$ 17.601, com ágio de 169% ante o preço inicial de R$ 6.531.
É provável, na avaliação do secretário de Desenvolvimento Urbano da Prefeitura de São Paulo, Fernando Chucre, que a maioria dos certificados tenha sido comprada para aumentar o potencial construtivo de empreendimentos comerciais, principal vocação da região e segmento que possui menos estoques a serem vinculados aos Cepacs.
A perspectiva de crescimento da economia, o baixo volume de entregas de novos projetos e a redução da vacância têm resultado no aumento dos preços de locação do mercado paulistano de escritórios de alto padrão, principalmente nas regiões da Faria Lima e da Juscelino Kubitschek, onde há pouco espaço disponível.
Soma-se a isso a escassez de terrenos para os empreendimentos, o que reforça a demanda por Cepacs por parte de quem pretende desenvolver projetos nas áreas abrangidas pela Operação Urbana Faria Lima.