fotos antigas de são miguel paulista

História de São Miguel e fotos antigas

A origem do bairro

Muitos bairros da cidade de São Paulo surgiram da transformação de aldeiamentos indígenas em povoados de brancos. Esse fato, largamente encontrado na formação social brasileira, é um importante elemento que caracteriza a origem histórica de várias cidades brasileiras.

Não se conhece com precisão a data da fundação da aldeia indígena que deu origem ao bairro de São Miguel Paulista. A data mais provável, segundo alguns historiadores, terá sido o ano de 1560. Essa data coincide com a extinção da vila de Santo André da Borda do Campo e a conseqüente transferência de seus moradores para a vila de São Paulo de Piratininga.

Essa súbita invasão de brancos teria causado muito temor entre os índios guaianazes que habitavam a vila de São Paulo e que mantinham relações cordiais com os padres jesuítas. Esse acontecimento causou uma divisão entre eles. Formaram-se, então, dois grupos: os que permaneceram na vila de São Paulo junto com os jesuítas e os dissidentes que migraram rumo a outros locais.

Uma parte dos indígenas dissidentes procurou uma região por eles conhecida como Ururaí e construíram uma aldeia que ficou conhecida como Aldeia de Ururaí. Essa foi a primeira denominação do bairro de São Miguel Paulista.

O Padre José de Anchieta – que chegou no Brasil em 1553, junto com outros jesuítas, ajudou a fundar a vila de São Paulo de Piratininga em 1554. Para dar continuidade ao trabalho de evangelização dos índios, esforçou-se tenazmente para não perder o contato com aqueles índios dissidentes que se afastaram da vila de Piratininga. Tudo parece indicar que ele conseguiu esse intento e, em duas aldeias indígenas próximas, construiu duas pequenas capelas: uma dedicada a São Miguel Arcanjo e outra a Nossa Senhora da Conceição dos Pinheiros. Devido a esse esforço religioso, alguns historiadores consideram Anchieta o fundador dos dois primeiros bairros paulistanos: São Miguel Paulista e Pinheiros.

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:: Capela de São Miguel

O Padre José de Anchieta – que chegou no Brasil em 1553, junto com outros jesuítas, ajudou a fundar a vila de São Paulo de Piratininga em 1554. Para dar continuidade ao trabalho de evangelização dos índios, esforçou-se tenazmente para não perder o contato com aqueles índios dissidentes que se afastaram da vila de Piratininga. Tudo parece indicar que ele conseguiu esse intento e, em duas aldeias indígenas próximas, construiu duas pequenas capelas: uma dedicada a São Miguel Arcanjo e outra a Nossa Senhora da Conceição dos Pinheiros. Devido a esse esforço religioso, alguns historiadores consideram Anchieta o fundador dos dois primeiros bairros paulistanos: São Miguel Paulista e Pinheiros.

Nas primeiras décadas do século XVII já existia um considerável número de fazendas nas terras de São Miguel de Ururaí que praticavam a agricultura e a pecuária como atividade econômica. Começava, então, a aparecer as primeiras características de um povoado de brancos.

A construção, ou melhor, a reconstrução da Capela, em 18 de julho de 1622, em taipa de pilão, foi inspirada pelo padre João Álvares e executada pelo bandeirante Fernão Munhoz, provavelmente no mesmo local onde havia a capela antiga construída pelos jesuítas nos primórdios da colonização.

Na época da reconstrução da Capela, São Miguel Paulista já não era mais somente um aldeiamento de índios, como no início da sua fundação, mas já adquiria as características de um povoado de brancos. Daí, talvez, a necessidade de reconstruir a sua Capela nos moldes mais adequados à celebração da liturgia católica para atender a demanda de uma crescente população de homens brancos.

Texto elaborado pelo Prof. Avelar Cezar Imamura – professor do curso de História – UNICSUL