Construindo seu Futuro: O que esperar do mercado imobiliário?

Construindo seu Futuro O que esperar do mercado imobiliário
Nesta semana, a divulgação de alguns dados macroeconômicos ganhou destaque, como o IGP-M do mês de maio e o PIB do 1T19. O mercado de fundos imobiliários continua bastante aquecido, com o crescimento consistente no número de ofertas, volume captado acima do montante inicial e base de investidores interessados por uma diversificação de ativos também crescente.

Em relação ao PIB, o IBGE confirmou a estagnação percebida na economia brasileira desde o último trimestre de 2018. O PIB recuou 0,2% na comparação com o 4T18, voltando ao terreno negativo após oito trimestres de alta. A variação em 4 trimestres também apresentou desaceleração, acumulando alta de 0,9%, ante 1,1% observado no 4T18, sob a mesma base comparável. A maior contribuição negativa para o resultado do trimestre foi a queda de 6,3% na Indústria Extrativa, refletindo as paralisações na extração de minério de ferro que seguiram a tragédia de Brumadinho.

Do lado do IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), de acordo com os dados da FGV, a variação foi de 0,45% em maio, percentual inferior ao apurado em abril (0,92%). Com o resultado, o índice acumula alta de 3,56% no ano e 7,64% nos últimos 12 meses. O principal impacto positivo para o dado foi a variação do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M), que variou 0,54% em maio,  e teve maior contribuição do subgrupo de alimentos in natura.

Como o IGP-M é utilizado para os reajustes periódicos dos contratos de aluguel, os fundos imobiliários com contratos e CRIs atrelados ao IGP-M tem se beneficiado nos últimos meses frente ao IPCA. Os dados do PIB, apesar de mostrarem uma inclinação preocupante na trajetória de recuperação da atividade econômica e decepcionar muitos setores, podem mostrar uma reação nos próximos trimestres, pois nem todas as notícias são negativas.

As principais incorporadoras do país têm se mostrado otimistas desde o final de 2018, com crescimento significativo no volume de lançamentos, com vendas consistentes tanto de empreendimentos lançados como de estoques de prontos, com queda nos distratos. Essas notícias  consolidam a nossa visão de que há uma perspectiva de retomada de geração de emprego no setor e em linha com a perspectiva de atividade econômica, dada uma manutenção das taxas de juros em patamares baixos, o que tende a aumentar a disponibilidade de crédito. Contudo, a aprovação das reformas ainda é condição sine qua non para que haja efetiva recuperação da atividade econômica e para que o mercado imobiliário mantenha este ímpeto de lançamentos e vendas.

Destaquesentre os fundos imobiliários de 24 a 31 de maio:

HFOF: Na última quinta-feira, 30/Maio, disponibilizamos um relatório de análise completo acerca da 4ª emissão de cotas do FII, onde recomendamos o exercício do direito de preferência àqueles investidores com posição no fundo e aos com interesse em entrar na oferta, adquirir o direito de preferência no mercado secundário (HFOF13), cuja negociação encerrou nesta sexta-feira, 31/Maio. Reforçamos nossa recomendação de entrar na emissão, que tem como aplicação mínima ~R$ 25 mil, equivalente a 250 novas cotas, e encerra no próximo dia 13/Junho.

BRCR: O fundo comunicou ao mercado, em continuidade ao fato relevante publicado no dia 19/Dez/18 que, no dia 27/Maio, o fundo recebeu o valor de ~R$ 747,5 mil referente à decisão favorável na Ação de Despejo por falta de pagamento com Requerimento de Liminar proposta em face da empresa Gafisa, em detrimento de alugueis em atraso, bem como respectivas multas e encargos. Segundo a administradora, BTG Pactual, o recebimento impacta a distribuição de rendimentos do fundo em ~9%.

SDIL: O fundo de galpões logísticos comunicou ao mercado, em 28/Maio, via fato relevante que, foi encerrado, em 25/Maio, o período de exercício do direito de preferência das sobras 4ª emissão de cotas do fundo. Assim, durante o período foram subscritas e integralizadas cerca de 294 mil cotas, de forma que, no âmbito da oferta restrita (CVM 476) restaram 213,6 mil cotas, ao preço unitário de R$ 96,13. A oferta restrita iniciou na data de publicação do comunicado e se estende pelo prazo de 180 dias.

BCRI: O fundo de recebíveis imobiliários publicou, em 29/Maio, fato relevante a respeito do direto da 4ª emissão de cotas do fundo, aprovada pelo administrador, na mesma data. A oferta restrita (CVM 476) tem como montante total cerca de R$ 55 milhões, distribuídas em ~520 mil novas cotas, ao valor unitário de R$ 105,00. Aos investidores com posição no fundo, lhe é assegurado direito de preferência com fator de proporção de ~0,43 novas cotas para cada uma detida na data de publicação do comunicado. O período para o exercício do direito se inicia em 05/Jun e se estende até 18/Jun.

Fonte: Eleven Financial